Evaldo Rubens está preso. Eternamente. Naquele instante em que, no meio do choro, alguém faz alguma palhaçada que te faz sorrir subitamente. Evaldo Rubens conseguiu a delícia de morar naqueles eternos dois segundos em que a tristeza absoluta (ou uma emoção profunda) transforma-se numa risada repentina. E tudo parece que acabou de ficar bem. E a respiração ofega. E o cérebro não sabe como agir. E seu coração fica indeciso. E ele sente culpa por aquele espasmo de alegria. E sente o gosto salgado da lágrima sorridente. Parece que Evaldo Rubens achou um bom lugar pra ficar. Lá, só ele chove. E tudo é sem querer.
obs: Why so serious?
segunda-feira, julho 28, 2008
segunda-feira, julho 14, 2008
sexta-feira, julho 04, 2008
Glósóli
Eu tenho um certo fascínio por beirais. Desde pequeno. Sinto um medo insano de me esborrachar lá embaixo e uma vontade imensa de viver a sensação da queda. Perto de onde moro, tinha um casinha que ficava bem embaixo de um terreno na esquina com a avenida. Uns 15 metros de altura. Pra um garoto de 6, 7 anos eram quase as fossas abissais. Eu pensava em andar me equilibrando ali... Só tinha coragem de botar um pé (e minha mãe ainda segurava minha mão). Eu sempre pensava em como seria se eu vivesse aqueles instantes no ar. De repente eu poderia descobrir algum dom especial para o vôo enquanto um trilha sonora tipo Sigur Ros ou Arcade Fire tocasse. Só que hoje aquele terreno é murado. Eu ainda não descobri como se voa. E já caí tantas, tantas vezes. Dói, mas levantar sozinho é libertador. Ainda mais se tiver uma boa trilha sonora.
PS: Assista ao clipe da banda islandesa Sigur Ros chamado "Glósóli" (thanx, May!). A cena final é aquilo que eu sonhava fazer, só que em escala bem menor e não tão epicamente. E com um sol não tão brilhante assim.
PS: Assista ao clipe da banda islandesa Sigur Ros chamado "Glósóli" (thanx, May!). A cena final é aquilo que eu sonhava fazer, só que em escala bem menor e não tão epicamente. E com um sol não tão brilhante assim.
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