sexta-feira, setembro 28, 2007

Assim sem vírgula nem ponto final

Me dá um copo d'água que é pra eu mijar ectoplasma que é pra eu poder viver em paz

quarta-feira, setembro 19, 2007

A estréia da Banca de Quadrinhos


Galera,

Pra quem ainda não sabe, estréia nessa quarta-feira o programa Banca de Quadrinhos, meu novo projeto com uma turma muito bacana do Canal de São Paulo. O programa e mais informações podem ser encontradas no novo blog: http://bancadequadrinhos.blogspot.com. Espero que todos possam assistir. E que gostem, claro.

Na foto, eu entrevisto a turma do Mundo Canibal... isso vai ao ar no nosso segundo programa.

segunda-feira, setembro 10, 2007

A tragédia que é ser Ronaldinho num Mundo-Dunga

Ronaldinho é um gênio. Se você não acha isso, azar o seu. Vejo como ele é criticado, chamado de pipoqueiro e me lembro de um personagem do filme "Pequena Miss Sunshine". No longa, há uma família adoravelmente problemática cujo pai tem um discurso de "seja um vencedor" e se não for, é um fracassado maldito... é mais ou menos isso o que ele diz para a pequena filha. O Ronaldinho é notoriamente craque, faz de tudo com a bola, mas ainda assim é visto com receio e até raiva pelos idiotas brasileiros da objetividade. "Ele nunca jogou nada na seleção". "Treme em jogo decisivo". Mentira! O cara já jogou bem no Brasil, foi decisivo contra a Inglaterra em 2002 e às vezes dá show. Mas gênio não brilha toda hora. Aí implicam com as "firulas" dele? Porquê exigir mediocridade dos gênios? Porquê desvalorizar quem é bom demais só porque não consegue sempre ótimos resultados? A desculpa é a falta de regularidade. Então bota gente mediana pra compensar. Bullshit! Cada vez mais me parece que a Dunganização toma conta do país. Gente talentosa? Nada! Dá trabalho. Vamos arrumar acéfalos cumpridores de ordem, gente sem senso crítico, vamos estar otimizando gastos e idéias, estar maximizando lucros, vamos estar jogando com quatro volantes e o Júlio Baptista armando o time! Aí se não estivermos sendo capazes de vencer a Argentina, estaremos dizendo que o trabalho está sendo bem-feito e não merecemos crítica. Então livramo-nos dos Ronaldinhos e nos cercamos de Gilbertos Silvas, chefes-dungas e gerundismo (só pra dar aquele charme, sabe?). Escrevemos um livro sobre criar equipes vitoriosas, renovamos nossa assinatura da Você S.A e execramos todo e qualquer craque como Zico, por exemplo. Afinal, o que ele ganhou pelo Brasil? Isto é gestão de resultados, estúpido. Isso é o tal do patriotismo. Ah, aproveite o clichê e vá odiar argentinos por aí. Ou americanos. Nós nunca somos culpados por nada.

A série C e eu

Fui ao simpático estádio Marcelo Stéfani em Bragança Paulista na companhia de parentes e amigos estimados. Assistimos a peleja entre Bragantino e CRAC, de Goiás, pela inigualável Série C do Campeonato Brasileiro. Seis reais a entrada, estudante paga meia e mulher entra de graça. Todo mundo animado já que o técnico Marcelo Veiga voltou duma frustrada experiência no América de Natal. Logo de cara, o time da casa fez um a zero num gol de pênalti. Pouco tempo depois, o time goiano empatou, num passe torto do camisa 6 do Bragantino que, à partir daí foi xingado pela torcida local cada vez que pegou na bola. Só não foi tão ofendido quanto o árbitro. Quando o CRAC virou o jogo, o homem do apito transformou-se sabe-se lá por qual motivo no grande culpado pelos males bragantinos. Por volta dos 20 minutos do segundo tempo, os goianos tiveram um jogador expulso. Começaram a fazer cera e o time todo ficou pendurado. Um deles é retirado de campo pelos maqueiros locais e jogado estratégicamente na lateral do campo onde babões torcedores lavaram-no com cuspe e ofensas diversas. E o Bragantino era incapaz de chutar para o gol. E o juíz continuava sendo mais xingado que o lateral que não acertava um cruzamento. E goleiro do CRAC saiu contundindo e o time teve outro jogador expulso. E a torcida até o fim culpou o árbitro. E, claro que depois de sair do estádio, a culpa não era mais do árbitro e sim “dessa porrrrcaria de time” que não fez gol
A cultura do futebol me diverte por essas e outras razões. O juíz é como o satanás. No calor do momento é o culpado por todos os males... é um personagem trágico, quase metafísico. Bom, deu preguiça de desenvolver melhor o raciocínio... agora me deu vontade de falar sobre o Ronaldinho Gaúcho (aliás, porque cacete ele não pode ser só Ronaldinho e o gordo ser só Ronaldo?). Vou escrever outro post já!

sábado, setembro 01, 2007

Sábado de Sol

-Alô, por favor eu posso estar falando com a Sra. Ilza?
-Quem gostaria?
-A Sra. Ilza está?
-Não, quem quer falar?
-O sr. pode estar anotando nosso telefone pra ela estar entrando em contato? O número é não sei que lá 0022 (Eu já apaguei).
-Ok, mas de onde é??
-O sr. é o que dela?
- -Eu perguntei de onde é!!
-O sr. é o que dela?
-Olha, se você não falar de onde é, não dou recado.
-O sr. avise pra ela estar entrando em contato das 8h às 20h. Obrigado, senhor. Uma boa tarde.
-olha...


E ela desligou. Obviamente eu liguei no número que ela passou e deixei uma reclamaçãozinha simpática... era da Central de Relacionamento da Marisa... E não dei o recado para minha mãe. Se a mulher do Lula quer falar com ela, que ligue de novo! Ah, nada como um sábado ensolarado e entediante na frente do computador.