quinta-feira, dezembro 27, 2007
Você não sabe o que ela sente
segunda-feira, dezembro 17, 2007
Notas soltas
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Eu pensei em fazer resoluções para 2008 e um resumo de como 2007 foi um ano peculiar.
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O dublador Borges de Barros, lendário dublador do Dr. Smith, de Perdidos no Espaço, faleceu no último sábado. Acho que a minha entrevista com ele na Banca de Quadrinhos foi a última da vida do sujeito... ele não gostou quando eu pedi pra fazer um trechinho da voz do personagem, pois era como ele falava... mas na verdade não era, depois de um tempo ele disse "ó lata de sardinho enferrujada". Isso foi ao ar na primeira edição da Banca. Vai lá ver!
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Isso aí acima não foi uma nota solta, foi quase um maço inteiro. =)
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Desconfio seriamente que nas próximas semanas esse blogue vai continuar às moscas
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Dizer "blogue" é tão mais interessante do que "blog"
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Cuando yo volver de mi viaje a Buenos Aires, voy actualizar essa puerra. Ahora, voy a beber una cueca-cuela!
sábado, dezembro 01, 2007
O dia em que morri na estação
terça-feira, novembro 20, 2007
Longe do chão
sábado, novembro 17, 2007
a noite em que ela te conheceu
-Eu lembro, querida. Agora tire esse punhal do meu pescoço, por favor... Por favor.
segunda-feira, novembro 12, 2007
Desembarque pela lado esquerdo do trem
"Ô moça, a próxima estação é qual, hein?"
"Não, não! eu tô bem", responde a jovem ainda distraída com o próprio pesar e tentando esconder o pranto.
"Não! A estação..."
"Ah, deve ser Brás, eu acho". E voltou para a música e para as lágrimas.
O que será alguém ouve ao chorar assim tão serenamente no metrô?
quinta-feira, novembro 08, 2007
amplexos complexos
domingo, novembro 04, 2007
Eu devo estar velho...
A apresentação anterior dos Macacos do Ártico não teve nada de antológica, mas soa mais honesta pelo menos. Um som mais pesado ao vivo, poucos hits divertidos e dançantes. Fuorescent Adolescent e Brianstorm são ótimas. Quase trilha sonora pra uma baladinha sem compromisso, já que os sujeitos mal falam com o público.
Da Juliette só vale destacar que ela é bem simpática, usa um penacho e chupou o dedão do Robert De Niro num filme do começo dos anos 90. Eu disse que devo estar ficando velho, talvez musicalmente meio chato ou talvez tudo tenha sido mesmo uma porcaria (incluindo aquele Anhembi horroroso com uma multidão de vips deixando a grade dos mortais a quilometros do palco).
E a Björk, hein? Nunca pensei que ela pudesse funcionar tão bem para uma multidão daquelas. Earth Intruder é do caralho. A islandesa salvou minha noite. Mas ainda fico com a noite de quinta com a Gata e o Antonio.
sábado, outubro 27, 2007
O poder da gata e o Antonio
A gata usa um camisão oversize e uns sapatos estranhos. Ela dubla o narrador que a apresenta no palco. Ela vai de um canto ao outro do palco com passos excêntricos. Ela reclama do áudio. Ela solta aquela voz impossível. Ela recita Billie Holliday, murmura Sinatra, sussurra James Brown. Aquela voz rouca, frágil, intensa. Ela canta "The Greatest" e tudo fica bem. Não canta "Love and Comunication" nem "He war". Não fazem a menor falta. Ao final, ela agradece as palmas com uma perna para trás, a cabeça grudada no braço estendido para cima, fazendo um aceno esquisito. Ela diz que não merece as palmas. Além de tudo, é mentirosa essa Cat Power, essa Chan Marshall.
O Antonio chegou com toda sua androginia e seu punhado de Johnsons prontos a rasgar corações com faquinhas de cortar rocambole. Ao vivo, não me pareceu que sua voz lembre tanto a da Nina Simone. A voz é dele mesmo: desesperadora, angustiante, reconfortante, linda. "My lady story" inicia a jornada de sensações interrompida logo na seqüência pelo próprio cantor ao perceber que tinha se perdido na música. Ele disse estar entusiasmado e recomeçou, sem pudores, a mesma música. Parava canções, falava a todo momento, fazia discursos feministas, contava causos homoeróticos da banda, falava mais um pouco e então cantava. Muito. Cantava muito. Conseguiu transformar "I will survive" numa música que para quem esteve naquele show, ganhou uma versão definitiva. A música não é mais a mesma depois de cantada pelo Antonio. O mesmo pode se dizer de "Candy says" do Lou Reed na voz dele. Aliás, Antony é "protegido do lendário mr. Reed, o que já diz muita coisa sobre seu talento.
Eu liguei para algumas pessoas queridas ouvirem um pedacinho daquela concorrida apresentação. A acústica do Auditório do Ibirapuera ajudou a quem não estava lá ter um pouquinho da dimensão do que foi aquela espetáculo. A minha irmã ouviu "You are my sister" e quase endoidou. Antes de cantar "Hope there's someone, ele queria que todos ali contemplacem o silêncio. E o silêncio se fez total e irrestrito. Pudemos ouvir extasiados o fim da apresentação. Inesquecível. Em breve coloco no Youtube a matéria que fizemos sobre o Tim Festival. Domingo é no Anhembi. Vai ser bom. Provavelmente a Björk chame o Antony (é, ok, Antony) para cantar junto "The Dull Flame of Desire". Mas em vez de 800 pessoas, teremos dez mil incógnitas provavelmente esperando apenas pelos Killers e que não terão a dimensão do que perderam musicalmente. Azar o deles.
ps: fotos "emprestadas" do Portal G1
sábado, outubro 20, 2007
Passarinho
segunda-feira, outubro 08, 2007
Padam, padam
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Ah, dia 12 estréia "Piaf" e você deve assistir! Um filme encantador sobre a genial cantora Edith "la môme" Piaf. Só a trilha sonora já vale o ingresso. O legal é que as pessoas bacanas que não a conhecem bem, vão descobrir uma grande e trágica cantora. E as pessoas trágicas são bem interessantes. Padam, padam, padam.
sexta-feira, setembro 28, 2007
Assim sem vírgula nem ponto final
quarta-feira, setembro 19, 2007
A estréia da Banca de Quadrinhos
Galera,
Pra quem ainda não sabe, estréia nessa quarta-feira o programa Banca de Quadrinhos, meu novo projeto com uma turma muito bacana do Canal de São Paulo. O programa e mais informações podem ser encontradas no novo blog: http://bancadequadrinhos.blogspot.com. Espero que todos possam assistir. E que gostem, claro.
Na foto, eu entrevisto a turma do Mundo Canibal... isso vai ao ar no nosso segundo programa.
segunda-feira, setembro 10, 2007
A tragédia que é ser Ronaldinho num Mundo-Dunga
A série C e eu
A cultura do futebol me diverte por essas e outras razões. O juíz é como o satanás. No calor do momento é o culpado por todos os males... é um personagem trágico, quase metafísico. Bom, deu preguiça de desenvolver melhor o raciocínio... agora me deu vontade de falar sobre o Ronaldinho Gaúcho (aliás, porque cacete ele não pode ser só Ronaldinho e o gordo ser só Ronaldo?). Vou escrever outro post já!
sábado, setembro 01, 2007
Sábado de Sol
-Quem gostaria?
-A Sra. Ilza está?
-Não, quem quer falar?
-O sr. pode estar anotando nosso telefone pra ela estar entrando em contato? O número é não sei que lá 0022 (Eu já apaguei).
-Ok, mas de onde é??
-O sr. é o que dela?
- -Eu perguntei de onde é!!
-O sr. é o que dela?
-Olha, se você não falar de onde é, não dou recado.
-O sr. avise pra ela estar entrando em contato das 8h às 20h. Obrigado, senhor. Uma boa tarde.
-olha...
E ela desligou. Obviamente eu liguei no número que ela passou e deixei uma reclamaçãozinha simpática... era da Central de Relacionamento da Marisa... E não dei o recado para minha mãe. Se a mulher do Lula quer falar com ela, que ligue de novo! Ah, nada como um sábado ensolarado e entediante na frente do computador.
terça-feira, agosto 28, 2007
Deletar à vista
terça-feira, agosto 21, 2007
quarta-feira, agosto 15, 2007
Crime sem castigo para Evaldo Rubens
sexta-feira, agosto 10, 2007
A barreira de fino cristal
quarta-feira, agosto 08, 2007
Simpsons, o filme
Tive a sorte de assistir a sessão cabine do filme dos Simpsons na última terça-feira. Valeu toda a espera. Tudo que você pode aguardar de um filme estrelado pela hilária família de Homer está lá. É uma sucessão tão grande de gags, humor ácido e muita, muita referência pop. Certamente terei de ver novamente pra curtir aquele monte de piada boa. Ver de novo o já lendário Porco-Aranha/ Harry Porco, ver o quão miseravelmente insano é Homer. Na história, Homer comete a maior cagada (quase literalmente, diga-se) de sua vida e coloca Springfield em um risco terrível. A idéia é a mesma dos grandes clássicos dos Simpsons: acompanhar a jornada de Homer da execução da cagada, passando por seu comodismo irresponsável até o momento redentor. Tem o nu frontal de Bar Simpson, o interesse amoroso de Lisa, Homer no globo da morte... e o presidente Schwarzenegger(!). Não vou me estender aqui... não quero adiantar as melhores piadas (são muitas). Só direi que pessoas legais devem obrigatoriamente ir ao cinema ver "Os Simpsons". O filme chega aos cinemas no dia 17 de agosto. Ah, fiquem na sala do cinema até o fim de todos os créditos. Tem piada desde a aparição do símbolo da FOX até uma sacanagem com estudantes de cinema/"cineastas" no últimos segundos dos créditos.
E uma das grandes cenas é a do jornaleiro gordo e nerd de Springfield. Abraçado com vários gibis, prestes a perder a vida, ele diz algo mais ou menos assim: "Ó meu, Deus! Eu podia ter aproveitado tanto a minha vida, mas desperdicei toda ela com quadrinhos... E valeu cada momento!!". Genial.
cotação do filme
dólar: 2,83 - venda
2.85 - compra
quinta-feira, agosto 02, 2007
Admirável Mundo Neo-nerd
sábado, julho 28, 2007
une vie à gauche
desses que vivem na sombra
disse: Ah lá, o canhoto se fodeu!
sábado, julho 21, 2007
Os Bêras
Lembro que quando criança, havia um garoto da casa com idade parecida, o Telo. Jogávamos futebol na rua ainda de terra (uma ladeira!) e ele tinha um jeito um tanto peculiar. Um garoto de 10 anos meio barbudo, troncudo... era desproporcional aos franzinos boleiros da rua e falava de um jeito estranho. Esse garoto em uns 5 anos já era pai. Dez anos depois parece um tio de 40 e tantos! E a pequena casa daquela família foi crescendo conforme as gerações passavam por ali. Tinha um ar meio de família Buendia, sabe? Gerações passando o tempo todo bem aos nossos olhos. O patriarca dos Bêra era um velhinho de chapéu de palha que ficava à beira do portão, sentado numa cadeira por horas e horas, calado e com aquele ar distante. Então certo dia ele não estava mais lá. Alguns meses depois, era a esposa do velhinho que ocupava aquele lugar com a mesma olhar alheio a tudo. Tempos depois, era o genro dele que lá estava... e da mesma forma!
Nos últimos meses, não notei mais ninguém naquele portão até que hoje lá estava a esposa desse genro (filha do velhinho, pra ficar mais claro). Ela também já está enrugadinha e olha para o nada, meio que esperando o inevitável, meio que pensando alguma coisa que eu gostaria bastante de saber o que é. Eu vejo cada vez mais bebês e grávidas dessa casa que cresce organicamente. Vejo cada vez mais crianças virando jovenzinhos ali. E jovenzinhos tornando-se Bêras e chegando a inevitável idade de comandar aqueles caminhões enormes que fodem com a passagem da minha rua. Se eu encontrar o Telo no lugar da velha, acho que vou finalmente entender que o tempo passa mais rápido do que eu pensava.
sexta-feira, julho 13, 2007
o bloco de notas esquecido no Sesc Pompéia
quarta-feira, julho 11, 2007
pão com manteiga
-Ai. Tinha me esquecido que isso era pré-requisito... agora me traz um pão com manteiga, por favor.
sexta-feira, julho 06, 2007
João Rock - parte 2 de 2 - Mutanteeeeeeeeees!
quinta-feira, julho 05, 2007
João Rock - parte 1 de 2
terça-feira, julho 03, 2007
vai indo na frente, tá?
=)
quinta-feira, junho 28, 2007
o mangue da memória
quarta-feira, junho 27, 2007
manda mais uma gelada, Toninho!
terça-feira, junho 19, 2007
João Rock - parte 2 de 2
Olha aí o Mutano e os Caetantes!
Chorão em primeiro plano e ali no cantinho Don Rodrigone, de camiseta vermelha e Luzia do lado esquerdo
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Previously on Lost: D2 faz showzaço. Samuel Rosa me conta sua visão sobre a decadência da indústria fonográfica, seu interesses por festivais como o João Rock e pelos Mutantes. Charlie Brown finalmente vai falar com a gente.
*aparece aquela vinhetinha sombria do Lost e a história segue em frente *
“Gente, o Chorão vai falar só pra TV. Três perguntinhas pra cada veículo. Vamos rápido, tá?”, avisa a assessora. Ok. Será suficiente. Somos a segunda emissora a entrar no camarim da banda. Chorão atende nossa equipe de forma bem amistosa. Ele fala animadamente, enquanto é observado pela sua banda recém-reformulada. Todos demonstram-se simpáticos. O vocalista conta o que espera do show, da honra de participar de um festival com os Mutantes e de seu irmão. Sim, eu conto que conheci o irmão dele, que se apresentou como um cara de Santos com uma banda chamada Conteiner. Nome apropriado para um grupo da cidade portuária. Entreguei o cd para a diretora de um programa do canal (a amada amiga Mari Veltri) que disse que a voz do cara era idêntica a do Chorão. Falando com ele ao telefone, descobriu que eram mesmo irmãos. Chorão me disse que sempre apoiou o cara, mas não facilitou seu caminho e, portanto, o que conseguisse seria mérito dele próprio. Antes de sairmos, a produtora Luiza relembra Chorão do tempo em que foram vizinhos. O sorridente roqueiro papeia animado com ela enquanto a produtora da banda e assessora descabelam-se pedindo para nos retirarmos. E nosso empolgado cinegrafista mais uma vez não controla a tietagem e ameaça pedir para tirar foto... sou obrigado a puxá-lo pelo braço e carinhosamente ameaçar castrá-lo.
Ficamos ali no backstage até nos informarem da coletiva do Marcelo D2. Mais uma vez o esquema seria o da péssima e intransigente coletiva de imprensa. Novamente me recusei a participar. De olhos bem vermelhos e desatento, D2 falou baixo e pouco animado. Mal pude ouvir. Mas o show dele já tinha sido suficiente para agradar imprensa e fãs. O Charlie Brown Jr. Já está no palco. Chegamos no gargarejo lá pela terceira música. No fundo do palco, uma mini-pista de skate e dois moleques mandavam ver nas acrobacias. No palco, Chorão canta canções bem recentes. E chama D2 ao palco para dar uma força. Eles ficaram juntos durantes umas três músicas. E D2 está radiante de novo. A dupla leva a multidão ao delírio. A molecada, como Chorão insiste em chamar o público (talvez com razão), realmente mostrou que aquele era o momento mais esperado pela maioria. Logo, hits mais antigos que achávamos bacaninhas (pelo menos eu achava) quando tinha uns 16, 17 anos foram tocados. Dali fomos até um estande no estádio onde estava sendo divulgado e vendido o livro “A volta dos Mutantes” (Paula Chagas Autran, ed. Publisher). Seguindo a dica da gatíssima moça responsável pelo estande, entrevistei a mãe da autora, que fez parte do staff da banda em sua primeira formação. Ela contou detalhes e curiosidade sobre a caprichada edição. Obra imperdível para fãs da banda, como eu. Lá fiquei conhecendo quem é a Virgínia homenageando na música homônima, minha favorita. É a irmã de Rita Lee. E Rita Lee? Rita Lee foi passeaaaaaaaa-haharrrrr. Vinte anos, namorar talveeeez.
“Pessoal, é hora de falar com o pessoal do Luxúria”. “Coletiva?”, pergunto. “Então, ela vai dar coletiva, mas depois vai falar separadamente”, explica-me uma assessora. Lá fomos nós. Só que quando chega a hora das exclusivas, somos avisados de que os Mutantes estão subindo ao palco. Sinto muito, Meg. Você é linda, charmosa e faz um som bacana, mas eu não posso perder nem um pouquinho do show dos Mutantes. Avisam-nos que a banda vai fazer uma surpresa logo no começo da apresentação. Hmmmm, tá ficando ainda mais interessante. Chegamos no gargarejo mas ainda esperamos quase 15 minutos pela banda. Eles entram triunfais sob o som da “marcha” Dom Quixote. Eu esqueço que estou trabalhando e só me divirto. Um hit atrás do outro. Mas hit, em se tratando de Mutantes, é algo que ainda assim só uma minoria conhece. Percebo que, mesmo ali no gargarejo, poucos cantam. Mas quase todos se encantam (exceto aquela molecada xarope com cara de tédio apoiada em parte da grade... que morram todos!). Todo show dos Mutantes me parece histórico, mas esse teve um agravante: eles dedilharam Baby e então trazem ao palco Caetano Veloso. O nervosismo da banda e do próprio Caetano são notórios. Décadas e década depois, aquela prolífica parceria volta a acontecer. Baby, baby, a quanto tempo! Baby, babyyyyyyy... a emoção passa do palco para boa parte do público. Todos pedem “mais um”, “mais um”. Não rola. Mas eles ainda cantariam muito coisa boa.
Zélia Duncan observa aquela meia dúzia no Gargarejo cantando sem parar (eu no meio, claro!), até que fixa o olhar em alguém e sorri. Era Chorão, babando diante dos deuses. Sérgio Dias e Zélia realmente devem ter ficado bem contentes com a reverência e alegria do fã ilustre. Sérgio sola diabolicamente, mostrando porque é um dos mais respeitados guitarristas do mundo. Eles canta Virgínia.E trazem o sol de janeiro de volta. Embalam o Cantor de Mambo com o encantadoramente louco Arnaldo Baptista. Andam meio desligados (para muitos, essa era aquela música da novela!), buscam o train in Tecnicolor, cantam Minha Menina (sacanas!)e Batem Macumba. Em Top-top, voltam à versão original e gritam “Sacanagem” em vez de “Sabotagem”. Nos anos 60, a Censura vetou a terrível palavra “Sacanagem”. Os ingênuos carrascos não perceberam o teor subversivo da palavra “Sabotagem” e deixaram passar essa. Só que agora novamente é Sacanagem. E eu quero que você se top, top, top, uh!!
E, como não podia deixar de ser, entoam a Balada do Louco. Essa todos sabem de cor. E tenho que me ligar a todo momento para verificar se meu cinegrafista está gravando ou flertando mais um vez uma jovem fotógrafa ou menininhas assanhadas da platéia. A noite termina para as pessoas da sala de jantar com Panis et circenses. Chorão grava esses momentos com uma supercâmera HDV. Karolito grava com uma miniDV para o Programa Em Cena e ainda consegue aquela foto com o sr. Big Cry. Eu, humildemente registro uns trechos com a camerazinha VGA do meu celular. Intenso e rápido. Sem bis, sem Caminhante Noturno, sem Jardim Elétrico. Paciência. “Parece que não vai ter nem coletiva”. “Ahn?!?!?!?!”
É. A esforçada produção do festival tenta a todo custo garantir que a banda fale com a imprensa. Em se tratando de Mutantes, mesmo uma coletiva já está valendo. A tenebrosa produtora da banda decide liberá-los por 5 minutos. Pseudo-jornalistas bêbados e semifotógrafos são maioria ali. Perguntas imbecis e previsíveis começaam a ser feitas. Até que eu (modéstia é o caralho!) tomo a palavra e consego fazer minhas perguntas. Aliás, tenho plena convicção de que eu e apenas mais umas duas pessoas perguntamos coisas interessantes. Sérgio e Zélia respondem olhando em nossos olhos. Ser encarado pelo sr. Eterno Mutante faz tremer as pernas, mas deixa extasiado ao mesmo tempo. Eles falam da alegria de cantar com Caetano quase 40 anos depois. Falam da fantástica banda de apoio que, segundo Dias “fez nosso som finalmente soar como nos discos”. Aquela loirinha bonita no backing vocal ajuda a resgatar o agudo necessário que a esforçada e surpreendente Zélia Duncan não pode oferecer. Eu estava convicto de que mandaria tudo às favas e pediria uma foto com Sérgio ou Arnaldo. Só que a adorável produtora da bandas encerrou a coletiva e arrastou todos para a van. Não tive a menor chance. Era o fim de um festival memorável em Riacho Escuro, como Arnaldo Baptista batizou a cidade que recebeu a última apresentação da banda antes de seu triunfal retorno no Barbican Hall, em Londres, ano passado.
Fãs ardorosos ficaram para ver a boa apresentação do Luxúria. Mas já passam das 3 da manhã. E não dá mais mais pra ficar por lá. Esperamos pela van para voltar ao hotel. Demorou um bocado. Comemos crepes por um preço extorsivo e vimos colegas jornalistas flertarem com mulheres de um, digamos, design desarrojado. “E aí, minas, onde que é a balada aqui”, pergunta um dos rapazes. “Ué, nós somos a balada”. Ok. Eu quero voltar pro hotel. Voltamos. Voltei papeando com uma graciosa repórter, que voltaria para sua cidade horas depois. Estávamos podres e sujos daquela terra vermelha do chão do entorno do estádio do Comercial.
Karolito ainda conseguiu convencer uma turma a ir passear. Saíram às 4h30 da manhã, quando deitei pra dormir. Acordei às 10h e ele não esta lá. Tomamos café e passeamos ali pelo centro da cidade, onde fica o hotel. Vimos a prefeitura, praças, chafariz e, claro, o lendário bar Pinguim. Mas já estava na hora de partir. A van nos deixa na Paulista por volta das 5 da tarde. Para não ser tudo perfeito, esqueço uma mala no banco da van. Devo retirá-la ainda essa semana. Ao chegar em casa, vejo no Fantástico um trechinho da participação do Caetano com os Mutantes. É, valeu mesmo a pena ter ido ao João Rock. Vou tentar colocar a matéria do Canal até dia 29 no Youtube. Se realmente rolar, divulgo o link aqui. A matéria , como foi dito num comentário no post anterior, pode ser visto no Programa Em Cena, com a diva Dani Tesolin. That's all folks!
(ah, em breve colocarei mais umas fotos por aqui! só estou aguardando me mandarem...)
domingo, junho 17, 2007
João Rock - parte 1 de 2
Por quê João Rock? "Quando pensamos na criação de um festival no interior, pensamos primeiro num lugar em forma de bateria. Depois fomos pensando em quanto 'Jõoes' não existem no rock, principalmente na bateria.", me explicou Luid, um dos idealizadores da festa. Já no estádio recebemos pulseirinhas para os bastidores para camarotes exclusivos com bebida à vontade (não que jornalista goste de cerveja de graça, claro) mais a devida credencial. Na área de backstage, ficavam as tendas armadas como camarim das oito atrações do evento:
-NXZero
-Cidade Negra
-Skank
-Pitty
-Charlie Brown Jr
-Marcelo D2
-Mutantes
-Luxúria
Desde o início, não achei a lista de bandas muito promissora, mas tinha Mutantes! Isso bastava para ter certeza de que seria um festival interessante naquela cidade interiorana e quente. O nariz torcido para alguns desses nomes é chatice da nossa parte. Isso se comprovou ao vivo. No começo, os jornalistas ficaram no backstage, quase em frente aos camarins. Dali, vimos os moleques do NXZero entrarem para o delírio de menininhas extasiadas. Um tempo depois, o acesso a esse espaço ficou mais difícil. Um portão separava a área destinada à coletiva de imprensa dos camarins, e outro do público em geral. Saíamos dessa área reservada para a sala de imprensa, camorte, para o gargarejo e para o meio da galera, claro. O show do NXZero gerou gritinhos estéricos e cumpriu seu objetivo. O vocalista ainda incentivou a molecada a montar banda, ir atrás do sonho e todo esse papo edificante. Quando voltamos para entrevista pós-show com a banda, as jovens senhoritas imploravam "Ai, moço! Me dá esse seu colarzinho". Elas queriam de qualquer forma agarrar os rapazotes da banda. "Não posso. Mas eu aviso que você mandou um beijo, tá?", dizia eu maldosamente.
Quando entendi que não seria entrevista que faríamos, mas sim coletiva, desisti de falar com eles nesse esquema. Uma garota de uns 16 anos foi selecionada pela produção do evento para entregar uma doentia carta de "eu te amo" com 70 metros de comprimento. Aí entendi que isso me interessaria e Karolito pôs-se a gravar. Falamos com a fedelha e gravamos a entrega da carta. Aí consegui uma pergunta exclusiva com o vocalista "Vocês tem um lance mais roquenrrou... como lidar com essa tietagem meio estranha no mundo roqueiro?". `Político, ele disse que toda manifestação de carinho é bem-vinda e que fica feliz em tocar num festival tão diversificado. Então tá. Uma repórter bonitinha desafiava o tempo quente e sem vento de Ribeirão com seu vestidinho sumário prestes a mostrar partes indevidas do corpo.
Na seqüência veio Cidade Negra. Banda que eu achava legal quando tinha doze anos. Skank e Cidade Negra. Eu adorava as duas. Cresci, e o som da banda de Toni Garrido não me empolga há muito tempo. Eles fizeram uma apresentação OK, com seus hits e alguns covers. Até me vi cantarolando "Você sabe, o sentimento trai, o bom sentimento não trai". Mas disfarcei e ninguém percebeu. Ao fim do show, estávamos no backstage. Após a apresentação de cada banda, uma repórter bem fraquinha da rádio patrocinadora do evento fazia uma exclusiva com a pessoa. Assim que Toni Garrido respondeu o óbvio, a imprensa já o cercou para uma coletiva forçada ali mesmo, como deveria ser. Assim pude questioná-lo sobre o que pensa de toda a diversidade do festival, que abriga coisas tão absurdamente distintas. Toni saiu-se muito bem. Disse que o que mais gosta nisso tudo é a mobilidade de um ano ser atração principal e anos depois ser mero coadjuvante. Falou da diversidade e, claro, falou bem dos Mutantes. Já era noite na simpática cidade de Ribeirão Afro-descendente.
Após o intervalo entre show, foi a vez do Skank tocar seus sucessos. Esses mandam bem ao vivo. Muitos torcem o nariz para a banda de Samuel Rosa. Acho injusto. Apesar de não serem gênios, fazem um sucesso descompromissado e que funciona bem ao vivo. Principalmente quando a gente está lá numa boa no camarote tomando cerveja de graça (trabalhando, claro). Mas logo do começo do show, tivemos que correr pois resolveram antecipar a entrevista da Pitty. "Mas vai ser só coletiva de 15 minutos". E a coletiva acontecia numa tenda tosca, sem estrutura alguma e com mesas de bar. "Mas eu não posso coletiva assim. Ela é só uma pessoa. Vamos fazer 5 minutos pra TV e 10 pro restante. "Não, a produtora dela não quer". Ok. Desliguei meu microfone. Pedi para a produtora que também negou e sugeriu: "Se eu fosse você, gravaria a coletiva". Simpaticamente (mentira) disse que se ela não puder nos atender direito, eu não teria como gravar. Perdi a Pitty. Mas pude observar como ela realmente é gata. E mostraria que cresce muito no palco, quando finalmente pode se livrar das amarras de marketing que tanto a perturbam e a ajudam a fazer sucesso. A mesma coisa quase se repete na entrevista do Skank. Como só tinhamos mocinhas simpáticas de TV gravando, cabeu a este escriba barbudo a missão de pentelhar as simpáticas assessoras em busca das entrevistas exclusivas. "Eles não vão dar entrevista exclusiva pra ninguém". Ahn... pentelhei a suyper Joelma e consegui sorrateiramente ficar num local estratégico para abordar Samuel Rosa. Solícito, ele respondeu as perguntas empolgadamente. E falou dos Mutantes, claro. Nessa hora rolava o show da Pitty. Nosso cinegrafista pirou, justificadamente, pelos atributos da moça. E não é que o som dela tem uma pegada bacana ao vivo? Pesado, com letras bem construídas. Uma boa pedida pra um adolescente.
A próxima coletiva é a do Charlie Brown Jr. Aquela banda que a gente gostava em 1999, lembra? O cara louco que esmurrou o Marcelo Camelo. Pois é. Todos esperando, mas eles ainda não estavam lá. Já era hora do show e também não estavam lá. Anteciparam o ótimo Marcelo D2. A sempre eficiente Luzia perdeu, pela primeira vez, a compustura, e se esbaldou merecidamente naquele showzaço do ex-Planet-Hemp. Ele manteve o respeito, achou a tal da batida perfeita e agradou negos e baianos, gregos e troianos. Numa ótima sacada, trouxe o... (qual o nome que se dá pra um cara que faz todo tipo de instrumento com a boca?) enfim... o Fernandinho Beatbox. E mandaram muito bem os dois. Até o toque de "Seven Nation Army" Beatbox faz com boca. Foda, essa é uma boa e polida definição.
Já no finzinho, somos avisados de que Chorão e sua trupe já estão prontos pra falar. E vão dar entrevistas individuais só pra TV. Ah, como é bom ser chato! Luiza foi vizinha de Chorão e garantia que o figura era legal. Eu ainda tinha dúvidas. Entramos e ele realmente mostrou ser um cara bacana, atencioso. E isso seria confirmado durante o restanto do festival, conforme contarei depois. Isso aqui já está muito grande e desconfio que ninguém terá saco pra ler. Conto sobre a entrevista com Chorão e sobre o D2 e Luxúria depois. Ah, claro, conto também do momento em que conversei com deuses: Os mutantes.
sexta-feira, junho 15, 2007
meta, física!
o sábado anterior
segunda-feira, junho 11, 2007
ah, são seus olhos!
Fui premiado! Simbolicamente, mas ainda assim um prêmio animador. O blog da adorável jornalista Marina, o lebalmasque.blogspot.com, colocou este espaço na lista dos 5 blogues que fazem pensar. "Thinking Blogger Award" é o nome da premiação. De acordo com a regra do The Thinking Blog, agora eu devo indicar cinco blogues. O diabo dessas listas é a quantidade de coisa boa que fica de fora. Tentei ser daqueles jurados babacas e imparciais que tentam premiar quesitos técnicos e abstratos, nesse caso a tal história de “para pensar”. Aos não-laureados, minhas desculpas. À lista, pois.
1- Fogo nas entranhas: Blog da jornalista, tradutora e assassina de aluguel Gabriela Franco. Gabi é uns metros quadrados pensantes mais incríveis que conheço. Escreve acidamente bem, articulada, adora quadrinhos, é roqueira e tatuada. Ler seu blog informa, faz rir e pensar bastante.
2- Movimento Incerto: Pouco atualizado, é fato. Mas a jovem senhorita Ana Davids consegue ser de uma intensidade tão absurda em seus textos... entro semanalmente nesse espaço, mesmo sabendo que as atualizações variam entre quinzenal e mensal. Faço isso pois sei que quando atualizar, Ana fará uma enxurrada de sensações. Melancolia e incerteza. Lirismo puro. E líquido.
3- Resmungos e Insanidades – O caótico senhor Rodrigo – Chapolim – Abrahão é da liga dos imortais jornalistas-bancários-alcoolatras. Companheiro de TCC na faculdade, esse boêmio rapaz nos premia com textos de um humor peculiarmente... ahn, peculiar. Beatnik até não poder mais.
4- Le bal masqué: Marina escreve bem e sobre tudo. Faz mini-contos, analisa filmes e contas histórias. Talvez histórias pessoais, talvez ficcões. Provavelmente as duas coisas. E tive a honra de ser citado lá.
5 – Casa da Lagoa: O olhar do paulistano Ferdi sobre o Rio (aquele, de Janeiro mesmo, confuso e belo)... Apesar de falar principalmente sobre a cidade maravilhosa, o blog consegue transformar o particular em amplo, tornando-se uma leitura sempre interessante e bem informativa.
***
Preciso fazer menção honrosa para três blogues que visito semanalmente e adoro:
Relaxei demais, da diva Dani Tesolin
Blog da intrépida Raquel de BC
Blog do fanfarrão Rui Minharro
segunda-feira, junho 04, 2007
Manifestação
Saiu para manifestação como se fosse ato cívico. Se pintou e se arrumou como se fosse único. Divulgou na praça o seu bilhete de fúria. Gritou e catracou como se fosse amante. Apavorou-se de sopetão com a multidão lancinante. Sufocou seu berro com um tijolo santo . Acalentou o tumulto como se não tivesse culpa. Xingado e difamado, deu um tapão no bêbado. Se arrependeu de tudo como um político nato. Morreu então pisoteada a idéia de protesto.
sexta-feira, junho 01, 2007
Pesado, pesado, sublime.
terça-feira, maio 29, 2007
The Bellrays - Blues is the teacher, punk is the preacher
Meninos e meninas, se tudo der certo, nessa quinta-feira verei “The Bellrays” no clube Inferno, na Rua Augusta, aqui em Sampa. Trata-se de uma genial banda californiana que descobri dia desses e que está chegando por essas bandas. Os especialistas os comparam simploriamente como um cruzamento rock n' soul de Tina Turner com MC 5 ou Stooges com Aretha Franklin... obviamente pelo vocal fodástico da vocalista Lisa Kekaula. Eu descobri esse som faz pouquíssimo tempo, mas pelo que ouvi dizer, a perfomance de palco da banda é qualquer coisa fora do comum. Os ingressos para o show podem ser comprados antecipadamente na quarta-feira após às 14h, por 35 reais. No dia custarão 50 paus. Mais informações no site www.infernoclub.com.br. Ou em www.thebellrays.com ou ainda escute um sozinho deles no youtube:
http://www.youtube.com/watch?v=QIxMLbxeo64.
Na sexta-feira eu conto (caso realmente consiga ir) como foi.
PS: Uma banda cujo slogan é "Blues is the teacher, Punk is the preacher", merece respeito.
Pra quem quiser saber mais, uma nota interessante do site www.rockpress.com.br:
THE BELLRAYS NO BRASIL
"Tal combinação sonora poderá ser conferida em duas datas no país: no dia 31 de maio, no Inferno Club, em São Paulo, e no dia 2 de junho, no Festival Porão do Rock (ao lado do Mudhoney), em Brasília.
Formado em 1990, em Riverside, Califórnia, pela vocalista Lisa Kekaula e pelo guitarrista Bob Vennun, começaram produzindo soul music com improvisos de jazz e blues. Com a entrada do guitarrista e compositor Tony Fate, Vennum passou para o baixo, e o grupo agregou o som pesado de Detroit do final dos anos 60 e começo dos 70, além da urgência do punk rock californiano. Com a passagem de vários bateristas, a formação se estabilizou com o ingresso de Craig Waters.
Em 1993 eles lançaram seu primeiro trabalho, o cassete In The Light of The Sun, que ganhou versão digital em 2002. Desde então, saíram mais quatro álbuns, quase todos gravados ao vivo no estúdio para, segundo os próprios, preservar a energia de suas apresentações. Mais elaborado, o último disco, Have a Little Faith, aguarda lançamento nacional pela Gabeira Records.
A banda já realizou shows ao lado de nomes variados como Rocket From The Crypt, Thievery Corporation e Pixies, enquanto Lisa Kekaula emprestou sua versátil voz para performances com o reformado MC 5 e gravações com Crystal Method e Basement Jaxx.
A difundida descrição de sua música, comparada a um cruzamento de Tina Turner com MC 5 ou de Aretha Franklin com The Stooges, oferece apenas uma idéia do que vem por aí, pois os BellRays ostentam a fama de apresentar um dos espetáculos mais explosivos da atualidade. (Sergio Barbo)
Discografia: Let It Blast (Vital Gesture,1998), Grand Fury (Vital Gesture, 2001), In the Light of the Sun (In Music We Trust, 2002), The Red, White and Black (Poptones, 2003), Have a Little Faith (Cheap Lullaby, 2006)"
sexta-feira, maio 25, 2007
pensamentos umidos
terça-feira, maio 22, 2007
A moça que não olhava para trás
sexta-feira, maio 18, 2007
petit gateau... Oh lá lá ma copine!
(treinando meu pobre e capenguíssimo francês para quem sabe um dia escrever frases bacanas nesse adorável idioma... até lá aguentem frases desconexas... hehehe... é tão divertido aprender uma língua inteiramente nova e diabolicamente sensual)
****
Uma dúvida pertinente... alguém tem explicação sobre por qual razão "Mènage" significa "limpeza" no dicionário de francês?!
quarta-feira, maio 16, 2007
migalhas
sexta-feira, maio 11, 2007
que se Dani o amor!
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quarta-feira, maio 09, 2007
habemus fuckin Nazi Pope!
-Entendo. Mas e aqueles famosos que seguem seitas malucas? São só excêntricos também? Mesmo que não sejam ricos?
-Ah, Evaldo. Esses são só exotéricos!
-Certo. E quanto aos pobres com problemas mentais e nenhuma fama?
-Bem, meu jovem Evaldo, esses infelizes são apenas malucos mesmo...ou então são só uns bebuns safados!
-Então fama e dinheiro definem o status social de uma sociedade?
-Brlrlrlrlrlrlrlrlmmmrrrrr!! =D
domingo, maio 06, 2007
Vida Loka, mano!
Decidi ir para mais uma Virada Cultural de São Paulo. Um dos eventos mais interessantes já criados em nossa maltratada metrópole. AS ruas decrépitas do nosso belo centro velho são tomadas por gente de todo tipo. Democrático ao extremo. Só é preciso cuidado, claro. Cuidado que um colega não teve e, por isso, teve o celular furtado. Assisti parte da apresentação de Sérgio Dias, dos Mutantes, no Boulevart São João e horas mais tarde fui convencido a ver os Racionais MCs na Praça da Sé. Apesar de sempre ter admirado a importância histórica e cultural da banda, argumentei "Racionais na praça da Sé, às 3h e de graça? Parece arriscado...". Fui assim mesmo.
O show atrasou mais de uma hora e todos aguardavam pacientemente. Pessoas se aglomeravam em cima dos telões, trepadas em prédios, em banheiros químicos, todos eles queriam uma vista melhor do show. Mas a lei não permite que pessoas se pendurem em prédios para ver show. Ainda mais um show de uma banda que odeia a polícia e cujos fãs também não simpatizam com os "opressores" homens de farda. Sem conseguir trazê-los amigavelmente ao show, a força policial passou a disparar simpáticas balas de borracha e gentis tiros de efeito moral, gás lacrimogêneo e coisas do gênero. Após um princípio de empurra-empurra, muitos já foram se afastando do tumulto que vinha da rua lateral à Catedral da Sé. Garrafadas de um lado, tiros de sabe-se-lá-o-que de outro. Corre-corre. Em sete pessoas, decidimos ir logo para o metrô. Mano Brown disse para o público se afastar e deixar a polícia fazer seu trabalho. Eles tentaram retomar o show. Não deu certo. Também disse mais alguma coisa que não ouvi. Mas nessa hora a situação já tinha saído totalmente do controle. E aquele pequeno tumulto virou um quebra-quebra. Nas bancas de jornal, nas lojinhas dentro do metrô, nas ruas. Onze pessoas presas, um monte de feridos e um show que durou menos de 25 minutos.
Meu bom amigo Edson D'assunção, já meio entorpecido, divagava sobre o momento todo... e disse uma coisa que me pareceu bem interessante. No mesmo dia e horário acontecia o badalado Skol Beats (com fiasco de público, mas ainda assim badalado). Drogas, tumulto, assédio absurdo sobre as mulheres (coisa que não se via tanto lá na Sé!). Será que a polícia interviria dessa forma grotesca e insana sobre uma multidão capaz de pagar mais de 100 reais no ingresso? Ou a lei do porrete só vale quando se trata de um show gratuito para os manos no coração da cidade? Como esses manos (poucos, a maioria estava na boa) ousam peitar a autoridade dos poliça pra ter a melhor vista possível dos MC's? Porque diabos eles quebram tudo quando acontece uma confusão? Porque é tão fácil se horrorizar e se chocar com esse povo? Porque é tão difícil perceber que tem muito mais significado nisso tudo do que supõe nosso estúpido preconceito? Trataram aquela multidão como se fossem bandidos, porque assistiam o show dos caras que falam mal do "homi". O evento foi interrompido de vez quando Mano Brown entoava sua Vida Loka. Loka mesmo, mano. Vai veno... tanto que ele próprio disse que não continuaria e encerrou a parada.
Dizem que a Virada continuou bem nos outros lugares do centro. Não quis ficar pra ver.
sexta-feira, maio 04, 2007
eu me animo com a ricota
terça-feira, maio 01, 2007
o choro e a cama vazia (adeus, Dona Maria!)
Almoçamos e precisamos convencer as tias a fazerem o mesmo. O corpo permanecia na cama onde ela passara os últimos meses agonizando e os últimos anos num sofrimento insano. Genros foram até a funerária. Nada feito. Pelas normas de não-sei-o-que, o horário não permitia agendamento de enterro para aquele dia. Velaríamos então o corpo de Dona Maria por mais uma noite em sua casa. Parentes amados ou indiferentes, gratos ou ingratos apareceram. E assim foi. Aquela senhora mãe de 12 filhos, 18 netos, 2 bisnetos, recebeu todas as devidas homenagens: o pesar da família, a ladainha das rezadeiras, a benção do padre, o conforto dos amigos. Lá pelas 3 da manhã, muitos cochilavam, outros permaneciam junto ao caixão. O cheiro do café era sempre forte e lembrava o tempo em que ela nos preparava aquele pão caseiro acompanhado do cafezinho para o adultos e limonada pra criançada.
Sentei no sofá deslocado da sala para o quarto de Dona Maria e pela primeira vez vi sua cama vazia. Só então foi possível entender que era o fim de uma era naquela família. E eu não consegui chorar. Nem naquela hora nem quando o irmão dela de mais ointenta anos veio sozinho de ônibus, amparado em sua bengala só pra dizer adeus. Passou do ponto e voltou a pé para abraçar sua irmã pela derradeira vez. Nem assim pude chorar. Talvez eu já estivesse preparado. A neta caçula de quatro anos não entendia e disse para mãe que adulto não chorava. Talvez eu tenha me confortado. De qualquer forma, eu sinto muito, vó Maria. Me perdoe por não conseguir rezar, por não acreditar nisso tudo, por não conseguir sofrer como devia. Vai com Deus. A sua bença, minha vó.
"Deus abençoe", ela me responderia baixinho como sempre. Só que agora a cama dela está vazia. E as lembranças estão todas de volta.
sexta-feira, abril 27, 2007
o segundo e último encontro
terça-feira, abril 24, 2007
Uma história sem meio
quarta-feira, abril 18, 2007
Senhor Sol, me dê de volta Virgínia!
O atentado em Virginia foi no dia 16 de abril. Hoje, dia 18, praticamente só ouvimos falar nisso. Mas prestando atenção leio coisas assim na Folha de S. Paulo.
“Uma série de ataques atingiu Bagdá nesta quarta-feira, matando ao menos 157 pessoas. Um dos carros-bomba explodiu em um dos principais bairros xiitas da capital iraquiana, Sadriya, matando 112 pessoas e ferindo outras cem. Aparentemente, a bomba foi colocada dentro de um ônibus”.
Mas isso não é notícia. É só a rotina que o texano maluco deu de presente para o falecido Estado Babilônico.
segunda-feira, abril 16, 2007
as técnicas de Dr. Moya pra "cura" da pederastia crônica
vc devia maneirar nesses seus níveis tão agudos de viadagem
Moya diz:
Eu esqueci de tomar o remédio, ontem...
Moya diz:
O pastor disse q tem q tomar 3 vezes ao dia...
Don Rodrigone diz:
ah, tá explicado!
Moya diz:
Será q tem igreja q vende placebo contra o homossexualismo?!?!
Don Rodrigone diz:
se tiver, quer q te compre um vidrinho?
Moya diz:
Bom.... antes vidrinho q supositório...
Moya diz:
Quer dizer, comprimido...
Moya diz:
Ninguém toma vidrinhos..
Don Rodrigone diz:
é...
Don Rodrigone diz:
mas pra curar homossexualismo... supositório seria meio arriscado
Moya diz:
Bom, seria um incentivo a mais pro cara tentar virar homem!!!
Don Rodrigone diz:
será?
Moya diz:
É a mesma coisa q um xarope sabor bosta e o outro sabor churrasco... Vc vai escolher o q te agrada mais...
Moya diz:
O pederasta escolheria o supositório.....
Don Rodrigone diz:
ahn... pq seria naquele esquema de parar de fumar fumando
Don Rodrigone diz:
faz sentido, se for ver!
Moya diz:
Isso!!!!
Don Rodrigone diz:
vou blogar isso! acho que vou terminar o post dizendo que nós respeitamos a diversidade e não somos preconceituosos... senão podemos sofrer represálias...
Moya diz:
Tanto de religiosos qto de pederastas...
Don Rodrigone diz:
e vc pode ser banido da irmandade
Moya: É... se for ve...
(extraído de uma conversa aleatória de msn... não nos processe! viva a diversidade e blá blá blá)
sexta-feira, abril 13, 2007
notícias repetidas
segunda-feira, abril 09, 2007
Megalomaníaco e herege, mas adorável
segunda-feira, abril 02, 2007
videoclipe
sexta-feira, março 30, 2007
Morte e Vida Rodrigone
segunda-feira, março 26, 2007
memórias daqueles longos anos de um jovem perdedor
No colegial, ainda era o fedelho, o motivo de chacotas: aquele moleque magrelo, mais novo da turma, alto, desengonçado e tímido. Os “legais” eram caras até realmente bacanas... mas sozinhos... quando se juntavam, infernizavam este pobre otário para mostrarem como eram divertidos. Até que um dia consegui certo respeito. Fomos participar do campeonato intercolegial. Só que esses sujeitos eram jogadores horríveis e nosso time mal completava cinco pessoas. Eis que eu era indiscutivelmente titular... e visto com toda aquela desconfiança. Só que para calar a boca de todos, faço um gol e cavo um pênalti. Pego a bola e digo que vou bater. Tomo distância e encho o pé. O goleiro defende e nosso time perde de 12 a 1. Com um gol meu. No outro dia fui parabenizado por todos os colegas que souberam da façanha futebolística do loser da sala. Talvez depois daquele dia tenham passado a minimamente me respeitar. Mas é provável que não. Só que desde então consegui pequenas vitórias... tardias, mas ainda assim vitórias! Vitórias morais, talvez. Como aquela vez em que consegui ficar com minha primeira paixão de escola (eu tinha oito anos) quase quinze anos depois. Isso foi bem legal. E hoje eu vou jogar bola. E mesmo correndo o risco de ser um desastre, sei que sou um cara bem bacana. Ou talvez nem tanto assim. Mas vou marcar um gol com minha chuteira nova. E vamos beber cerveja depois. Isso também é bem legal.
quinta-feira, março 22, 2007
não é bem assim
terça-feira, março 20, 2007
O amor nos tempos de Garcia Márquez
Todo bom leitor sabe que nenhum amor pode ser assim tão fácil. Com isso em mente, eles decidem complicar. Ela está saindo de um relacionamento a pouco tempo. Ele não está pronto para algo sério. Melhor a gente se conhecer melhor primeiro. A gente se dá melhor como amigo. Nenhum dos dois se convenceram. Então lembraram de Gabo.
Ele lembrou dos lindos olhos amendoados dela... e “era inevitável, o cheiro das amendôas amargas lhe lembrava sempre o destino dos amores contrariados”. Mas o que há de contrário nesse amor?. “Gosto de você não por quem tu és, mas por quem sou quando estou contigo”. Caramba, Gabo! “A essa estirpe condenada a cem anos de solidão, não será dada uma segunda chance na Terra”. “Putz, mas cem anos é foda, hein?”. Enquanto isso, assistiram mais Seinfeld e decidiram não racionalizar nada (por enquanto).
segunda-feira, março 19, 2007
a dialética do cu doce (ou o ato de investir nas categorias de base)
-Errado?
-É. Vocês continuam uns cachorros, não valorizam as mulheres que ficam.
-Acho que você está exagerando, não?
-Nada! Eu, minhas amigas... nunca vi tanta mulher bacana sem ninguém...
-Mas pera lá... sem ninguém porquê, cara-pálida?
-Ué, porque esses babacas não nos valorizam!
-Mas então por qual motivo vocês insistem sempre nos mesmos?
-E a gente lá controla nossos sentimentos?
-Não. Mas sempre um dos dois complica, né? “Ah, acabei de sair de um relacionamento”. “Oh, você gosta mais de mim e tenho medo de te magoar”.
-É. Eu não entendo. Como pode?! Eu tô penando... e não é com garotinho não, é cara maduro!
-Hmm. Pois é. Acho que é como no futebol, na real. O vacilo de vocês é não valorizar as categorias de base. Investem nos estrelões, naqueles que já tem fama, são consagrados e tal... e perdem os jovens talentos com enorme potencial (inteligentes, interessantes, etc)... aí esses jovens de talento vão ficar fodões, vão pro futebol europeu... passe valorizado e tal... então serão metidos e esnobes! Aí a mulherada cai matando quando eles ficarem mais concorridos. Lembre-se que vocês são a maioria da população. E tem viado pra caramba (não que haja algo de errado nisso, como diria Jerry Seinfeld). Valorizem as categorias de base... os talentos de vinte, vinte e poucos... antes que o mercado europeu nos contrate... aí vamos ficar difíceis.
***
Faz sentido, vai?
quarta-feira, março 14, 2007
Esse aqui sobe toda a Teodoro Sampaio?
sexta-feira, março 09, 2007
O amor engajado nos tempos do gás de efeito moral
-Não fode, querida.
segunda-feira, março 05, 2007
ah, o amor
-Me perdoa, benzinho?
-Não!
-Perdoa, vai?
-Tá.
-Eu gosto de você.
-Eu te amo!!!
-Ok.
sexta-feira, março 02, 2007
Será que é isso mesmo?
(Stephen Vizinczey)
terça-feira, fevereiro 27, 2007
Dicotomias (ou pelo direito legítimo de não ter certeza de merda nenhuma)
sexta-feira, fevereiro 23, 2007
Talvez não
quarta-feira, fevereiro 21, 2007
tons de cinza
-Pfff. Não faço idéia.
-Mérde!
*E uma daquelas bolas de feno atravessa a enorme e vazia metrópole cinza, na quarta-feira*
quinta-feira, fevereiro 15, 2007
Notas de um folião
Agora chega desse papo óbvio porque já comprei meu abadá e Salvador me espera! (mentira)
terça-feira, fevereiro 13, 2007
música para ouvir
Filarmônica de Berlim
Filar Mônica deber Lim.
Fi, lar, Mô! Ni, cadê Berlim?
Tarantantantaaaaaaan
Berlar Fônica de Filarlim
sexta-feira, fevereiro 09, 2007
A queda e a intransigência do chão
terça-feira, fevereiro 06, 2007
as garrafas e o mar
-Polícia ambiental. Teje preso, vagabundo!
domingo, fevereiro 04, 2007
anotação, né Alice?
quinta-feira, fevereiro 01, 2007
em busca daquela palavra sem tradução
Começou timidamente logo cedo, em meio ao cheiro de mofo e garoa matutina. Chegou ao fim da manhã com cara da fria noite de ontem. Depois do almoço preguiçosamente melhor. Ao fim da tarde, depois de ouvir aquela voz melíflua (yeah! Consegui usar essa palavra!!) o semblante já era de um prazer ácido e latente. Então, ao cair da noite, o êxtase era total. Bliss. E foi se esvaindo conforme assistia a porra da novela. O ânimo, o prazer, a timidez, a criatividade. Bliss. Queria ser Katherine Mansfield. Queria ser Bertha. Queria Bliss. Mas já não era (e nunca fora) nada disso. Queria ter uma palavra em lingua portuguesa que servisse para dar a dimensão dessa euforia absoluta que sentira. Essa palavra -bliss- não existe no idioma da palavra saudade. Nenhuma comporta sua intensidade. Contentou-se em então em reler aquele conto de Katherine. Bliss. Sabia que só isso importava.
terça-feira, janeiro 30, 2007
a paixão segundo E.R.
segunda-feira, janeiro 29, 2007
o melhor show da minha vida
Tem coisa melhor do que estufar o peito e dizer isso? Só tive a manha de gritar "Caralho! Esse foi o melhor show que eu já vi!!" quando saí do estádio do Pacaembu após ver o tão aguardado show do Pearl Jam. Histórico, sem dúvida. Agora o que presenciei no último dia 25 de janeiro (aniversário de Sampa) foi antológico, soberbo, inacreditável. Nos jardins do parque do Ipiranga (onde, segundo Tom Zé cantara horas antes, Dom Pedro teve a dor de barriga) eu vi Os Mutantes. Eu vi o Caminhante Noturno, vi os Jardins Elétricos. Soube de Vírginia, senhor Sol. E a quero de volta.
Vi aqueles três tiozinhos (Sérgio, Arnaldo e Dinho) marcharem com suas indumentárias na companhia da única dúvida naquela banda: Zélia Duncan. Realmente não me agradava pensar nela como subistituta da Rita Lee, que não quis voltar ao grupo por motivos pessoais e musicais (o foda foi ela esculhambar os caras, como se ela também não fosse uma tiazinha tentando legitimamente faturar uma graninha). Mas Zélia veio como quem sabe que é coadjuvante naquele espetáculo. Coadjuvante com papel bem importante. Ela não se escondeu. E com o apoio das backing vocals fez com quem ninguém sentisse a falta da Rita por ali. Isso não é pouca coisa. O dueto com Tom Zé na clássica "2001" foi mais umas das coisas memoráveis. O músico baiano ainda participou de "Qualquer bobagem", aquela que você achava que era do Pato Fu.
Em "El Justiciero", o comandante/maestro/ genial guitar hero Sérgio Dias fez uma introdução homenageando a Esquerda Latino-americana tão esculhambada pela mídia local. Eu também gostei bastante disso. Dias é tão bom, que é bom quando erra. Ele errou na Balada do Louco. Voltou pra corrigi-la no último bis. Errou de novo. E nas duas vezes foi do caralho.
Baby. Technicolor. Ando meio desligado. Fuga n° 2. Top top E ainda tinha o Arnaldo Baptista com aquele precioso semblante abobado diante do teclado. Com sua voz trêmula de quem quase se destruiu inteiramente, ele canta "Cantor de mambo" e "Dia 36". Não ouvi muito e ainda assim gostei. Era o Arnaldo, porra! 30 anos depois a melhor banda da história do Rock Nacional estava ali dando um espetáculo gratuito para 50 mil sortudos. Os pobres ingleses não tiveram a chance de ver um retorno dos Beatles. Pobres coitados. Nós tivemos Mutantes (Ok, eles também tiveram). Mas certamente nossa vez foi bem marcante.
Desculpe, Baby. Eu tinha que contar sobre essa experiência sonora orgásmica que tive no último dia 25. Experiência encerrada com as pessoas da sala de jantar de Panis et Circense e Batmacumba ( e aquele outro bis da Balada da Louco. Os Mutantes estão de volta. Eles tem muito o que cantar e contar. E eu fiquei feliz pra caramba (tanto que só lembrei agora de citar o ótimo show da Nação Zumbi! Paciência...).
segunda-feira, janeiro 22, 2007
lá em cima
sexta-feira, janeiro 19, 2007
dia 25 de janeiro tem show dos Mutantes às 20h ali na Praça da Independência, no Ipiranga
Meu refrigerador não funciona. Eu tentei de tudo mas o meu refrigerador não funciona. Então desligo o rádio. Está um calor desgraçado e decido tomar banho. Puxa, tenho seios. Pequenos, mas seios. Rosados, inteiros. Escuros, no meio dessa pele negra. O telefone toca, então decido continuar no banho. Esqueço de lavar meu cabelo crespo, então decido almoçar. Não estou com fome, então devoro tudo o que está no refrigerador que não funciona, mesmo eu já tendo tentado de tudo. A barba de dois dias tem um aspecto interessante, então decido escanhoá-la. Deixo marcas no meu rosto amarelado coberto pelos fios loiros escorridos de cabelo. Eu era minha mãe. Hoje sou meu pai. Vejo o espelho e não me enxergo. Minha pele necrótica se rejuvenesce num instante. Sou um feto chafurdado em líquido amniótico, uma criança gritando contra as agruras do mundo. O telefone toca novamente. Meus seios estão maiores e mais escuros, o cabelo molhado. Mutante que sou, berro ao mundo que meu maldito refrigerador ainda não funciona.
quarta-feira, janeiro 17, 2007
lost in translation
mas amanhã é meio q quase mais ou menos um pouco certeza quea gente vai beber aqui na Vila mesmo